Semana da Família WPMG – Texto 4: Métodos Alternativos para Prevenção e Resolução de Conflitos Famil
Encerrando a série de artigos dedicados à Família e suas relações, a WPMG orgulhosamente apresenta seu último texto tratando de métodos alternativos de resolução de conflitos familiares. Tratamos tanto da resolução de conflitos já existentes quanto da prevenção de conflitos familiares.
Aproveitando o ensejo das festividades, quando o espírito natalino envolve e une as famílias e seus integrantes, reforça-se a esperança no início do próximo ano, estimulando a união de forças para o bem de todos.
Inicialmente vale relembrar que família é carinho, é compaixão, é fraternidade, enfim família é amor. Nesse sentido, em nosso primeiro texto da série, deixamos bem claro que não existe um modelo correto para se considerar família. Pode ser por vínculo sanguíneo ou afetivo, constituído por 2 ou mais de 20 pessoas, com as mais diferentes possibilidades de sua constituição, todos igualmente tutelados pelo ordenamento jurídico brasileiro.
No entanto, como todos sabemos, não raramente as disputas familiares dão origem a conflitos de proporções destrutivas, colocando em risco a continuidade da relação, gerando danos psicológicos e muitas vezes financeiros. Seja por motivos ideológicos, políticos, financeiros e até mesmo religiosos, atritos entre integrantes da mesma família são bastante frequentes.

Assim, levando em consideração a importância que a família tem na vida de qualquer pessoa e as graves consequências que os conflitos internos têm na vida dos envolvidos, vale a pena o esforço para evita-los.
É comprovado que o diálogo aberto e sincero entre os indivíduos, juntamente com um planejamento que leve em consideração os interesses e sentimentos de todos os seus integrantes, é o melhor caminho para se evitar que divergências evoluam para brigas intermináveis.
A sucessão de um integrante, por exemplo, é uma situação que por muitas vezes causa grandes conflitos entre familiares, seja pelo sentimento de injustiça de alguns, ou pela ganância, propriamente dita, de outros. No entanto, tais conflitos poderiam ser resolvidos antes mesmo de sua existência e aparente necessidade. Mas como?
Através do diálogo eficaz e planejamento sucessório, seja por meio de testamento ou através de organizações societárias, desde que considerando todos os interesses específicos e individuais de cada integrante, além da verificação da situação patrimonial e financeira dos mesmos.
Quando o conflito já se encontra instalado em uma família, é muito comum que as partes envolvidas, direta e indiretamente, tenham dificuldade em resolver a questão de forma objetiva e racional. Isso por que é realmente muito difícil desconsiderar todas as emoções e lembranças que integrantes da mesma família possuem entre si, para considerar apenas os aspectos objetivos do conflito.
Por esse motivo é interessante a presença de uma pessoa externa ao contexto, assim neutra e com conhecimentos necessários para atuar como um verdadeiro conciliador/mediador, ajudando as partes a resolverem o conflito da maneira mais racional, gerando menos danos emocionais e desgaste de relacionamentos.
A conciliação como método alternativo de resolução de conflitos se mostra bastante eficaz e mais adequado para atuar em relações familiares. Uma vez judicializado, o conflito familiar acaba por tomar proporções maiores do que o necessário.
Como é sabido, a justiça brasileira é lenta, e a polarização provocada pelo processo judicial acaba, muitas vezes, prejudicando qualquer possibilidade de um dialogo, tendo como regra a insatisfação de todos os envolvidos, independente de quem ganhou ou perdeu o processo.
Neste contexto, métodos alternativos se mostram eficazes e até mesmo necessários para uma resolução de conflitos familiares. Através de técnicas de negociação de distanciam emoções e ressentimentos, o conciliador/mediador consegue, por meio do dialogo objetivo, os próprios envolvidos consigam chegar a um desfecho satisfatório a todos.

Concluímos, portanto, nossa série de artigos enfatizando a importância que a família tem na vida de qualquer pessoa. Somos seres sociais que têm no núcleo familiar a solidariedade, segurança e carinho que todos precisamos. Expondo, mesmo que de maneira superficial, maneiras que tal entidade pode ser preservada e até mesmo possa prosperar unida com uma ajudinha de profissionais preparados para orienta-la nesse sentido.

Gino Paulucci Netto
Sócio Fundador
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